quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

o pires do café caiu no chão e não partiu. fiquei com a chávena na mão ao longo da conversa e esqueci o pires pousado no recanto da grade. o café era curto, coisa que não aprecio. a esplanada está consumida do sol e o café curto parece-me sempre uma colher de xarope. invariavelmente, há cartas atiradas para cima de uma mesa de plástico que pode muito bem voar com o vento agreste. lembrei-me dos sapatos que não usava, faz tempo. calcei-os.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

uma pele que liga bem com a outra. e as mãos entrelaçadas. apertam-se. unem-se. dizem coisas uma à outra. e ficam uma com a outra.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

sábado, 18 de fevereiro de 2012

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

ao lado estava uma rapariga com os olhos de uma cor clara e a pele corrigida pela base. em frente estava um rapaz com barba curta. falavam tão perto que os narizes quase se tocavam.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

tanto queixume que nem sardinhas em cardume. a rima não me aquece nem arrefece. melhor era não provar das lamentações e ouvir só quem merece interrupções. outra! que se lixe.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

- só a sopa?
- e pão.
- e o pão? é do melhor, não é? não encontra deste em lado nenhum. pudera! sou eu que o faço.

paguei e saí agradado com a atitude positiva do padeiro.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

sim, um abraço. com os dois braços fechados na intimidade de quem se funde.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

tropeçar sempre foi uma forma de começar. já o dizia eu, antes de o ter repetido agora. quero essa tua pessoa para ser comigo uma pessoa só. linda.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

após a colecta de estupesuficientes, o escárnio e o mal só de dizer sossegaram rendidos.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

de repente eras uma pessoa. já não eras como as outras. e eu então a amar-te.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

em lendo as coisas certas, a vida muda. muda, não se cala. nem se intercala nem escolhe esta ou aquela ala. ala que se faz tarde, muda.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

em rigor, palavras nem vê-las. palavras que eu escreva ou transcreva, pelos dedos ou pelos medos. alhadas reincidentes não são acidentes.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

concentrei-me no lápis e risquei ao acaso um papel. decido não me lamentar e depois decido outra coisa qualquer. interessa decidir ou ninguém nos leva a sério.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

as coisas não começam, apenas. as coisas começam por acabar. quando começam, as coisas começam a acabar. e vão acabando, depois de começar. começar só existe quando se começa. depois de começar, o que há é o acabar. enquanto acabam, as coisas ainda existem. até não haver mais nada para acabar. e aí, quando já não há mais nada para acabar, o que começou por acabar, deixa de existir.